segunda-feira, 16 de abril de 2012

Jeanne Moreau, sorridente e doce, François Trauffaut.


Jeanne Moreau – sorridente e doce, segundo François Trauffaut (trad. AOTC)


A mulher é apaixonada, a atriz, apaixonante. Cada vez que te imagino à distancia, não a vejo lendo um jornal, mas um livro, pois Jeanne Moreau não me faz pensar no flerte, me faz pensar no amor.

Ao oposto de tantos atores e atrizes que não conseguem representar senão pelo conflito e pela tensão, a ponto de confundir concentração com os campos de sinistra memória, Jeanne Moreau só está à vontade em um ambiente de trabalho sorridente e doce, que ele contribui a criar e que ela ajuda a preservar, mesmo quando se trata de projetar emoções fortes.

Generosidade, ardor, cumplicidade, compreensão da fragilidade humana, tudo pode se ler na tela quando Jeanne Moreau atua.

De dentro de meus vinte anos de cinema, a filmagem de Jules e Jim, graças a Jeanne Moreau, permanece uma lembrança luminosa, a mais luminosa.

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